Até o Fim


Zero horas em ponto. 

Esse é o momento exato em que nasci. 00:00 do dia 16 de dezembro de 1987. Três dias antes o Porto foi campeão Mundial de Interclubes pela primeira vez. 2x1 contra o Peñarol. 

O sol estava em Sagitário, eu sequer sabia a influência que esse posicionamento solar teria em minha vida, mas se pudesse escolher, escolheria o mesmo. Mil vezes sagitariana, de riso solto, de piadas sem graça, de “deixa pra lá, mais tarde eu penso sobre isso”.

Nasci inquieta e minha primeira memória de infância é sobre a inquietude que agitava meu peito e balançava as minhas asas. Mesmo tão pequena eu já queria voar, ir à lua, desbravar e desvendar. 

Não posso afirmar, mas sei que quando nasci eu já gostava de bolo e de futebol. Não! Eu me apaixonei por futebol bem antes disso. Aconteceu quando minhas células estavam se formando, talvez seja essa a explicação para o questionamento que por toda a vida ouvi de minha mãe: “eu não sei porque você gosta tanto de bola”. Sagitariana, mãe! Essa é a explicação para o meu exagero até na escolha de times de futebol. Escolhi três. Três times e três seleções. Por quê escolher apenas um se eu tenho todas essas cores no meu sangue? 

Nada de extraordinário aconteceu no mundo naquele dia. Ou melhor, naquela noite. Naquele exato momento em que o ponteiro, bem pontual no horário de verão, diferenciou o dia quinze do dia dezesseis. Nenhum time de futebol foi campeão. 

Eu nasci, uma vida à mais pra viver mais, fino alla fine. 


  

Comentários

  1. O que você tem com futebol eu tenho com música! Desde antes de nascer também, no DNA dos ancestrais!

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    Respostas
    1. É tao bom ter essa conexão com algo, principalmente quando isso nos faz sonhar.

      Um beijo,
      Leidiane Holmedal | leidianesbueno@gmail.com
      Watermelon Curly

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