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Mostrando postagens de janeiro, 2021

PONTES

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estou andando centenas de quilômetros usando meu tempo para dizer adeus  me esquivando de me dar novamente para você  corro e fujo como um criança fazendo coisas que costumo fazer para não perder a fé e deixar as lágrimas irem mesmo que elas caiam do lado errado isso vai doer às vezes  mas vou me permitir me questionar porquê  entender que está ok não ter todas as respostas  apenas olhar adiante  fechar meus olhos para ver o sol se pôr você foi como uma promessa não deixa a minha mente completamente sozinha  então, e se eu mentir para você  sobre como tenho sido honesta comigo mesma?  você me faria mais forte ou me teria como antes?  todas as coisas que eu sou  está sempre em minha mente

Senhora do Oceano

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Meus olhos passam atentos pela paisagem, não quero perder um segundo sequer desse mundo tão diferente de tudo que já vi. O carro aguarda seu momento na fila ao lado do estacionamento da Ring Road, costa sul da Islândia.   Reynisfjara está cheia de vida, a praia é um presente dos deuses para a pequena cidade de Vík. O burburinho de pessoas saindo de seus carros se mistura ao som do poderoso Oceano Atlântico. Vozes exclamam “Oh” e “Wow!”. Câmeras fotográficas e celulares são preparados para iniciarem o dia de trabalho que só chegará ao fim após o pôr do sol na ilha.  Não há árvores aqui.  Pedaços de gelo se sujam na areia preta, o vento é forte e emaranha meus cabelos. Respiro profunda e lentamente várias vezes, enchendo meus pulmões do sal que vem com a brisa.  Caminho em direção à praia, as inúmeras colunas de basalto podem facilmente ser confundidas com gigantes adormecidos à espera do retorno de Thor à Terra. Ao fundo, dois rochedos emergem do oceano como espadas prontas para defende

Obrigada!

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Há quem diga que existe idade certa pra amar Então me acorde de manhã quando a luz cristalina descansar Girei trinta e uma voltas ao redor do sol  - apressada. Confesso -  até te encontrar Há quem diga que tudo tem seu tempo  não adianta reclamar Talvez fomos feitos desse jeito, pra encaixar Talvez todas as peças foram intencionalmente diferentes em quantidade, momento e lugar Aprendemos com nossos erros Se estávamos certos ou errados quem poderia diferenciar?  Há amores que existem para curar Você e eu encontramos um lugar seguro para estar Eu fiz o meu melhor com o pouco que sabia E mesmo cheio de falhas Você me ensinou a me amar Nesse mês faço aniversário de nós dois Aniversário de mim mesma sem você Tenho motivos para comemorar Te amei, te quis e te escrevi  Tanto que  já não tenho mais amor, palavras ou querer Me repito quase que incansavelmente por não poder dizer mais do que já te disse em todas as noites que sonhei com você Entre dias que se perdem em horas que já nem sei mais

Até o Fim

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Zero horas em ponto.  Esse é o momento exato em que nasci. 00:00 do dia 16 de dezembro de 1987. Três dias antes o Porto foi campeão Mundial de Interclubes pela primeira vez. 2x1 contra o Peñarol.  O sol estava em Sagitário, eu sequer sabia a influência que esse posicionamento solar teria em minha vida, mas se pudesse escolher, escolheria o mesmo. Mil vezes sagitariana, de riso solto, de piadas sem graça, de “deixa pra lá, mais tarde eu penso sobre isso”. Nasci inquieta e minha primeira memória de infância é sobre a inquietude que agitava meu peito e balançava as minhas asas. Mesmo tão pequena eu já queria voar, ir à lua, desbravar e desvendar.  Não posso afirmar, mas sei que quando nasci eu já gostava de bolo e de futebol. Não! Eu me apaixonei por futebol bem antes disso. Aconteceu quando minhas células estavam se formando, talvez seja essa a explicação para o questionamento que por toda a vida ouvi de minha mãe: “eu não sei porque você gosta tanto de bola”. Sagitariana, mãe! Essa é a

Deixe Ir

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Tive pesadelo e acordei chorando.   Esse é um início de texto tão comum que por vezes soa monótono demais. Hoje foi um daqueles dias em que o peso do inconsciente cravou meus pés no chão, me puxando de volta todas as vezes que eu quis voar. Estive quieta, desatenta a tudo que me cerca, tampouco estive no mundo da lua, o sonho foi pesado demais pra me deixar flutuar.  Certa vez vi um documentário que dizia que sonhos duram apenas dois segundos. Verdade ou mentira, não sei, mais parecem como a eternidade.  Me movi muito, inquieta entre o despertar e o aprisionamento doloroso do adormecer e sonhar. Chorei e acordei chorando, me movendo como se buscando distância, espaço para não sentir. O mais curioso é que não me lembro com exatidão, apenas fragmentos. Imagens do que é novo e do que é velho. Confusos, difusos, borrados, ainda assim sentidos, incomodando. Não quero lembrar. O peso do meu corpo está aqui para confirmar o que meu cérebro nublado, tão acostumado aos pesadelos já não difere m